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  • fabioxavier0

Com que idade devo levar meu filho ao oftalmologista?

Meu filho fez o teste do olhinho quando nasceu e não se queixa da visão. Mesmo assim preciso levá-lo ao oftalmologista? Qual a idade indicada para a primeira consulta?


Sim, a avaliação oftalmológica da criança é importantíssima e deve ser realizada de preferência com 1 ano de vida, mesmo que não haja alteração visível ou queixa por parte do pequeno.

Ao nascimento, realizamos o teste do olhinho para avaliarmos se o bebê nasceu com alguma malformação em algum dos olhos. Pesquisamos catarata, opacidades da córnea, doenças da retina e outras alterações congênitas.

O foco da avaliação após o primeiro ano de vida é completamente diferente do teste do olhinho e o principal item da consulta é a medida correta da refração de ambos os olhos. Refração, em uma linguagem simples, é a medida do grau de cada olho.

Geralmente as crianças são hipermétropes (graus positivos) nos primeiros anos de vida e isso não significa a necessidade de uso de óculos. A preocupação do oftalmologista nessa fase é avaliar se a refração dos dois olhos é semelhante. Caso haja uma diferença significativa entre os olhos, o que chamamos de anisometropia (por exemplo, um olho com grau +2,00 e outro com grau +4,00), a criança corre o risco de não desenvolver corretamente a visão no olho com maior grau, condição chamada ambliopia. Caso não corrigida até os 7 anos, a ambliopia tem efeito permanente (pra o resto da vida).

Para o tratamento da ambliopia, o paciente geralmente utiliza óculos atualizados e faz a oclusão do olho saudável por algum período de tempo por dia para estimular a visão do outro olho (o famoso tampão). Quanto mais cedo o tratamento da ambliopia, melhores os resultados obtidos.

Outras causas de ambliopia são o estrabismo e a ptose congênita.

Vale lembrar que as crianças com ambliopia geralmente não apresentam queixas, pois a visão com os dois olhos abertos é satisfatória para as suas necessidades. Por isso, muitos deixam de realizar o tratamento adequado e descobrem a deficiência apenas na adolescência, quando já não há mais chance de recuperação da visão.

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