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  • fabioxavier0

Glaucoma tem cura?



O glaucoma é uma doença do nervo óptico que geralmente se manifesta após os 40 anos de idade e tem evolução bilateral, lenta e progressiva. O principal fator responsável pela progressão da doença é a pressão intraocular elevada e, por isso, o objetivo do tratamento é sempre a redução da mesma.

Apesar da hipertensão ocular ser habitualmente identificável nos pacientes com glaucoma, são apenas as alterações do nervo óptico que definem sua presença. Portanto, existem casos em que o glaucoma existe porém a pressão intraocular inicial do paciente está na faixa da normalidade e, por outro lado, existem hipertensos oculares que não manifestam o glaucoma.

A pressão intraocular foi convencionada como normal até 21 milímetros de mercúrio (mmHg) mas essa medida não deve ser interpretada isoladamente.

É importante salientar que a perda visual no glaucoma acontece da periferia da visão para o centro (de fora para dentro). Ou seja, um paciente com glaucoma inicial não percebe alterações (pois o centro está preservado). Da mesma forma, um paciente com glaucoma avançado enxerga apenas o centro visual, até que esse seja comprometido pela doença e haja evolução para cegueira.

Por ser uma doença com forte comportamento genético, é importante manter avaliações oftalmológicas frequentes principalmente nos parentes de primeiro grau de pacientes acometidos.

O tratamento do glaucoma é capaz de reduzir a pressão intraocular e diminuir a velocidade de progressão da doença, porém não há possibilidade de cura. As alterações já instaladas, como são de origem neurológica (doença do nervo óptico), não podem ser revertidas e, por isso, classificamos a cegueira gerada pelo glaucoma como irreversível e reforçamos sempre a importância da prevenção.


Referência: Shields, tratado de glaucoma - Rio de Janeiro : Cultura Médica, 2008.

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